
Utilizando o Moodle, uma plataforma de código aberto e de software livre para gestão do ensino/aprendizagem online, o Ministério da Educação abriu recentemente o acesso a todas as escolas que querem participar no projecto moodle-edu.pt, agora na quarta fase do seu desenvolvimento.

O projecto foi iniciado em 2005 com a criação do moodle.crie onde a Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola (CRIE) apoia o desenvolvimento de iniciativas de formação, de projectos e de grupos de trabalho e de espaços de comunidade educativa. Depois de várias fases de desenvolvimento chegou agora a altura de generalizar o acesso a todas as escolas que queira tirar partido da ferramenta, disponibilizando-se um serviço moodle para cada uma das instituições interessadas.
Curiosamente depois do anuncio da disponibilidade generalizada da plataforma o site do CRIE e do Moodle estiveram offline vários dias, o que não deve ter facilitado a pesquisa de informação pelas escolas.
Acerca deste moodle - o projecto moodle - edu - pt
A plataforma moodle da CRIE (a
Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola, do
Ministério da Educação) é a "pedra fundadora" de um projecto mais vasto que genericamente se designa moodle-edu.pt.
Com esta plataforma dá-se início a um projecto de disseminação desta plataforma por todo o ensino básico e secundário. Destina-se a presente a
- disponibilizar um espaço on-line/em-linha de apoio ao desenvolvimento de acções da equipa de missão CRIE, designadamente na área de formação de professores TIC, de projectos educativos em TIC e outras desenvolvidas pela equipa de missão ou pelos seus parceiros
- criar um espaço fundador do projecto moodle-edu-pt
Com o projecto moodle-edu-pt, pretende a CRIE lançar um movimento de potenciação do ensino e aprendizagem on/line por todos os actores do ensino básico e secundário, através da apropriação generalizada da plataforma
moodle, consensualmente considerada das melhores, se não a melhor, plataforma de gestão ensino-aprendizagem (LMS - Learning Management System).
Este sistema, inventado por Martin Dougiamas e desenvolvido por uma comunidade de voluntários, pelas suas características, de que se destaca o facto de ser uma plataforma de código aberto/open source e de software livre, com custo de partida nulo (
descarregável gratuitamente na Internet) e possuir uma comunidade de centenas de milhares de interessados (utilizadores, programadores, educadores) que permanentemente contribuem para a sua melhoria e desenvolvimento. Aproveitando o trabalho preliminar pela
EDUCOM - APTE e desenvolvido pela
FCT/UNL, estamos confiantes que este sistema está claramente vocacionado para os fins deste projecto
O projecto conta com a participação activa dos
Centros de Competência CRIE, sediados em diferentes instituições do ensino superior, redes de centros de formação, associações e outros, e ainda com a participação prevista dos centros de formação de professores e seus formadores e, em breve, das escolas.
Este projecto apresenta 4 fases, sobreponíveis de forma diferenciada consoante a maior ou menor integração do moodle no funcionamento da escola, num movimento de irradiação:
- Fundação (Julho 2005) - instituída com a criação do moodle.crie, apresentará este sistema aos parceiros e à comunidade educativa, apoiará o desenvolvimento de formação, de projectos e de grupos de trabalho ou de espaços de comunidade educativa.
- Divulgação (Janeiro 2006) - através da criação de moodles nos Centros de Competência, parceiros da CRIE no trabalho do uso educativo das TIC nas escolas, que possam ser utilizados como espaços de apoio e formação no âmbito das actividades dos Centros de Competência, mas também de primeiro nascimentos de espaços moodle dos centros de formação de professores, das associações de escolas, no âmbito
- Disseminação (previsto 2º e 3º período 2005/2006) - pela criação voluntária de sistemas por dinamizadores do uso das TIC, designadamente nos Centros de Formação ou escolas pioneiras, cujo crescimento de utilização ou interesse de diferenciação levem à criação de moodles próprios.
- Generalização (prev 2º e 3º período 2006/2007) - com a disponibilização de um serviço moodle para cada escola interessada, a cargo da FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional, a solicitação da CRIE e no quadro do acordo de colaboração entre o Ministério da Educação e aquela fundação, pioneira na disponibilização de Internet às escolas do ensino básico e secundário.
Para além do interesse crescente desta plataforma entre a comunidade educativa, duas estratégias contribuirão para a efectiva "alavancagem" deste processo:
a. o trabalho desenvolvido conjuntamente entre a CRIE e os Centros de Competência, que de forma recorrente utilizará o moodle como plataforma de trabalho conjunto e com as escolas, com base nas orientações de trabalho para o ano lectivo 2005/2006 e seguintes;
b. a identificação desta dimensão de forma explícita no âmbito do Quadro de Referência CRIE da Formação Contínua de Professores em TIC, 2006 e 2007, onde a dimensão de trabalho on-line é identificada como uma das características do trabalho desenvolver em toda a formação de professores TIC ("Coordenação, animação e dinamização de Projectos TIC nas Escolas", "A Utilização das TIC nos Processos de Ensino Aprendizagem", "As TIC em Contextos Inter e Transdisciplinares" e "Factores de Liderança na Integração das TIC nas Escolas") , e cuja justificação é naturalmente contextualizada no quadro do uso educativo das TIC nas escolas.
Fica assim à disposição das escolas portugueses um ambiente digital de trabalho potencialmente capaz de sustentar a criação de Campus virtuais nas escolas do ensino básico e secundário, em articulação com o objectivo do
Programa Ligar Portugal. Como resultado, espera-se que a crescente comunidade de utilizadores educativos portugueses cresça de forma a atingir a massa crítica necessária a que o seu uso possa ser explorado colaborativamente e usado de forma rotineira o moodle como enriquecedor das situações de ensino e de aprendizagem, tanto nas aulas do ensino básico e secundário, como em acções de formação formal ou informal, em projectos, grupos de trabalho, etc., quer nas sua dimensão de trabalho presencial quer a distância.
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